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Autor:

William Shakespeare (Stratford-upon-Avon, 23 de abril de 1564 — Stratford-upon-Avon, 23 de abril de 1616) foi um poeta edramaturgo inglês, tido como o maior escritor do idioma inglês e o mais influente dramaturgo do mundo.

Shakespeare nasceu e foi criado em Stratford-upon-Avon. Aos 18 anos, segundo alguns estudiosos, casou-se com Anne Hathaway, que lhe concedeu três filhos: Susanna, e os gêmeos Hamnet e Judith. Entre 1585 e 1592 William começou uma carreira bem-sucedida em Londres como ator, escritor e um dos proprietários da companhia de teatro chamada Lord Chamberlain's Men, mais tarde conhecida como King's Men. Acredita-se que ele tenha retornado a Stratford em torno de 1613, morrendo três anos depois. Restaram poucos registros da vida privada de Shakespeare.

Romeu e Julieta é uma tragédia escrita entre 1591 e 1595, nos primórdios da carreira literária de William Shakespeare.

Algumas peças de sua autoria: Romeu e Julieta, Macbeth, Otelo, Antônio e Cleopatra, Hamlet, Henrique IV (parte II), Noite de Reis.

 

Obra:

 A história acontece na cidade de Verona, palco de rivalidade entre duas familias, os Montecchio e os Capuleto , o que perturba a ordem e a paz da cidade. Romeu, um jovem Montecchio, esta sofrendo por Rosalina. Ele vai ao baile de mascaras dos Capuleto para esquecê-la então conhece Julieta Capuleto, se apaixona e é correspondido. Posteriormente eles se casam secretamente.

Romeu acaba por matar o sobrinho da Senhora Capuleto e é banido da cidade. Os pais de Julieta queriam que ela se casasse com o conde Páris. Julieta e o Frei tem um plano: ela tomaria um elixir que simularia sua morte, e enquanto todos estão de luto Romeu viria resgata-la. No entanto Romeu recebe a noticia apenas que ela morreu, e toma um veneno aos pés do seu tumulo, quanto ela acorda apunhala-se morrendo ao lado de seu amado.

 

 

 

Adaptação – Projeto de Cena

Romeu – Lucas

Características principais: Um jovem apaixonado e destemido. Filho único dos Montecchios

Figurino: Calças jeans marrons, cinza ou azul, sapatos ou botas pretas, camisa social de manga longa, colete preto.

Maquiagem: Mascara de festa

 

Julieta – Alinne

Características principais: Jovem bela e obediente, apaixonada por Romeu. Filha única dos Capuleto.

Figurino: Vestido de festa, sapatinhas douradas ou brancas ou sandalias, tiara prateada.

Maquiagem: Mascara de festa.

 

Teobaldo – Angelo

Características principais: Sobrinho dos Montecchio e melhor amigo de Romeu

Figurino: Calças jeans marrons, cinza ou azul, sapatos ou botas pretas, camisa social de manga longa, colete preto.

Maquiagem: Mascara de festa

 

Benvólio – Max

Características principais: Sobrinho dos Montecchio e melhor amigo de Romeu.

Figurino: Calças jeans marrons, cinza ou azul, sapatos ou botas pretas, camisa social de manga longa, colete preto.

Maquiagem: Mascara de festa

 

Capuleto – Klismann

Características principais: Chefe da família dos Capuleto e pai de Julieta.

Figurino: Calça jeans marrom, cinza ou preta, sapatos ou botas pretas, camisa social de manga longa, manto de algodão grosso laranja ou vermelho, coroa ou chapéu laranja ou vermelho, bangala.

Maquiagem: Mascara de festa.

 

 

 

 

 

 

 

Cenário: Uma mesa encostada na parede com um pano branco a cobrindo, sobre ela alguns pratos com velas, vasos floridos, garrafas e taças de vinho. Cadeiras brancas nas laterais. Outra mesa branca a esquerda da maior (mais próxima da “entrada” do salão do que do centro), com duas outras cadeiras brancas e duas taças de vinho.

 

Sonoplastia: Música de fundo: Shostakovich - Ballet Suite No. 1 - Waltz-Scherzo - Part 5/6

 

Iluminação: Luz baixa no dialogo do inicio, ao entraram na festa luz focada em Julieta e o resto ambiente.

Espaço dramático: Entrada e salão de festa da casa dos Capuleto.

 

Espaço cênico: A mesa com pano branco, velas e flores por cima representa o centro do salão de festa, as cadeiras são onde os convidados iriam sentar. A mesa mais para esquerda ficarão sentados Klismann e Angelo conversando.

 

 

Texto da cena:

 

(Entram Romeu e Benvólio)

BENVOLIO: - És louco Romeu!

 

ROMEU: - Não ouves que te digo? Haverá um grande baile de mascaras.

 

BENVOLIO: - Na casa dos Capuletos.

 

ROMEU: - Onde a bela Rosalina se fará presente.

 

BENVOLIO: - Então vais lá compara a bela Rosalina com as outras beldades de Verona.

 

ROMEU: - O sol que tudo vê, nunca contemplou tamanha beleza.

 

BENVOLIO: - Dizes isso por que não tens com quem compará-la.

 

ROMEU: - Não vou para compará-la. Apenas para presenciar o espetáculo de sua formosura em todo seu esplendor.

 

BENVOLIO: - É louco Romeu.

 

ROMEU: - Louco não. Apenas um homem apaixonado! Que desculpas usaremos para penetrar no baile?

 

BENVOLIO: - Apenas aproveitaremos a hospitalidade do anfitrião e breve partiremos.

  

ROMEU: - Sinto o chumbo na alma. Terno ser é o amor? Áspero e rude demais. Pungente como o espinho.

  

BENVOLIO: - Vamos... Batei e entremos. E assim que lá dentro estivermos, que cada qual cuide só de suas pernas. (Entram no baile, cumprimentam Capuleto e se dirigem a mesa central)

CAPULETO: - Bem vindos cavalheiros! Em meus bons tempos também usava máscaras e sabia sussurrar nos ouvidos de uma bela dama. Vamos, música, tocais. Abram, abram... Deem espaço para as danças!

 

TEOBALDO: - Aquele deve ser um Montecchio. Como se atreve miserável vir até aqui?

 

CAPULETO: - Que há sobrinho?

 

TEOBALDO: - Meu tio, aquele ali, é um Montecchio, nosso inimigo. O miserável aqui veio esta noite para ridicularizar nossa festa. (Levanta-se)

 

CAPULETO: - Não é o jovem Romeu?

 

TEOBALDO: - Ele mesmo, o infame Romeu.

 

CAPULETO: - Acalma-te Teobaldo, deixa-o em paz se comporte como perfeito gentil homem. Verona se orgulha da conduta tão exemplar deste jovem.

 

TEOBALDO: - Não poderei suportá-lo.

 

CAPULETO: - Será suportado! Quem está dizendo sou eu! Quem manda, eu ou tu?

 

TEOBALDO: - Ora meu tio é uma vergonha.

 

CAPULETO: - Basta, basta! Esta brincadeira poderá lhe custar caro.

 

TEOBALDO: - Irei me retirar, mas isto não ficará assim. (Sai)

 

 

ROMEU (à Julieta): - Posso ter a honra? Se profano for tocar este santo relicário. Espero que com meus lábios possa suavizar este rude contato com um terno beijo.

 

JULIETA: - As santas tem mãos que são tocadas pelos peregrinos...

 

ROMEU: - Não tem lábios as santas?

 

JULIETA: - Sim, lábios que devem usar na oração.

 

ROMEU: - Então santa adorada, deixar que os lábios façam o que as mãos fazem.

 

JULIETA: - As santas são imóveis mesmo quando atendem as orações.

 

ROMEU: - Então não te movas enquanto recolho o fruto de minhas preces. Assim mediante vossos lábios ficam os meus livres de pecados. (Beija-a)

 

JULIETA: - E assim passaria para os meus o que vossos lábios contraíram.

 

ROMEU: - Pecado do meus lábios? Então devolvei-me meu pecado.

 

CAPULETO: - Julieta, vossa mãe está a sua procura e tem pressa por falar com você.

 

ROMEU(à Benvólio): - É uma Capuleto?

 

BENVOLIO: - Então partamos! A brincadeira chegou ao auge. (Puxa Romeu pelo braço)

 

ROMEU: - Sim, é o que temo. (Saem)

 

Angelo Leite

© Cia Teatral Sinestesia

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