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            Autor: R: O autor da obra se chama William Shakespeare. Esse escritor nasceu em Stratford, Inglaterra no dia 23 de abril de 1564, ele é filho de John Shakespeare e Mary Arden. Pouco se sabe da infância de Shakespeare, mas acredita-se que ele tenha frequentado a escola primaria King Edward onde teria aprendido Latim e literatura. No ano de 1582  casou-se com Ann Hathaway e tiveram três filhos.

Otelo foi escrito em 1603.

Ele se tornou dramaturgo e ator, Sendo autor de várias peças de sucesso como: Hamlet, Romeu e Julieta, Rei Lear, A megera domada, sonho de uma noite de verão.

Shakespeare morreu em Stratford em 23 de Abril de 1616. Ele escreveu 38 peças, 154 sonetos e uma variedade de  poemas.

 

            Resumo: R: A história começa em Veneza. Otelo da o cargo de Tenente a Cássio. Iago, que se acha mais capaz do que Cássio, quer se vingar de Otelo. Iago começa dedurando o romance que Otelo está tendo com Desdêmona a Brabâncio (pai de Desdêmona). Por Otelo ser negro, ele é julgado de praticar atos de bruxaria e usar drogas pra fazer Desdêmona ficar com ele, porém Desdêmona desmente e pede pra ir pra Chipre com Otelo, porque está havendo uma invasão turca a Chipre e Otelo precisa ir por ser General e ter experiência em guerras. Em Chipre Iago começa a corromper a mente de Otelo o fazendo pensar que Desdêmona está tendo um caso com Cássio, o ciúme toma a cabeça de Otelo a ponto de ele pedir para Iago matar Cássio e ele próprio vai matar Desdêmona para manter sua honra, porém depois de Desdêmona ser morta Emília conta a verdade do que aconteceu e Otelo se mata. 

 

Projeto de cena:

Personagens:

Otelo; Cássio; Iago; Desdêmona; Emília.

 

Cena 1

Diante do Castelo

(Entram Desdêmona, Emília e Cássio)

(Luz ambiente e dois canhões de luz voltados para o palco)

CÁSSIO – Desdêmona, estou completamente arrependido por ter ferido o nobre Montano, ajude-me a recuperar meu cargo de tenente, que me foi tirado por teu marido Otelo.

DESDÊMONA – Podeis ficar tranquilo, meu bom Cássio; farei por vós o que me for possível.

EMÍLIA — Sim, bondosa senhora; meu marido se aborreceu tanto com isso, como se fosse dele o caso.

DESDÊMONA — Oh! Que homem de valor! Não tenhais dúvida, Cássio, que hei de fazer que vós e Otelo vos torneis bons amigos como antigamente.

CÁSSIO — Generosa senhora, seja a sorte qual for de Miguel Cássio, nunca ele há de ser outra coisa, senão vosso leal servidor.

DESDÊMONA – Diante de Emília aqui presente, dou-lhe a garantia de que você terá seu cargo de volta. Não darei descanso ao meu marido, farei com que ele fique mais dócil e falarei tanto que ele perderá a paciência.

(Entram ao longe Otelo e Iago)

(continuam as luzes que estavam e liga-se a luzes pra plateia)

EMÍLIA – Madame, vem chagando meu amo.

CÁSSIO – Madame, vou me despedindo.

DESDÊMONA – Ora, mas fique, ouça-me discursar.

CÁSSIO – Não agora, madame. Não me sinto nada à vontade e vejo-me inadequado para os meus próprios propósitos.

DESDÊMONA – Bem, faça aquilo que achar melhor.

(Cássio retira-se)

OTELO – Não era Cássio falando com a minha esposa?

IAGO – Cássio, meu senhor? Não, é certo que não. Não acredito numa coisa dessas, Cássio saindo de forma culpada ao vê-lo chegar.

OTELO – Acredito que era ele sim.

DESDÊMONA – Ah, meu esposo! Estava falando com Cássio, teu tenente, que me suplicava por ajuda. Ele tem uma sincera amizade por você e agiu por pura ignorância e não por maldade, imploro-te readmiti-o em seu cargo

OTELO – Foi ele quem saiu daqui agora?

DESDÊMONA — Sim, e tão abatido que comigo deixou parte das mágoas. Readmitiu-o em seu cargo.

OTELO — Mais tarde, agora não, cara Desdêmona.

DESDÊMONA — Mas que seja logo.

OTELO — Não te recuso coisa nenhuma. Em vista disso, suplico-te, garante-me um favor,  deixa-me um pouquinho a sós.

DESDÊMONA — Eu recusar-te? Não. Adeus, senhor.

OTELO — Adeus, querida; é só por uns momentos.

DESDÊMONA — Emília, vamos logo.

(Desdêmona e Emília saem)

IAGO – Meu senhor, Cássio já conhecia Desdêmona?

OTELO – Sim, Muitas vezes serviu de intermediário entre nós dois.

IAGO – Meu senhor estou desconfiando que Desdêmona está te traindo com Cássio.

OTELO – Não pode ser, minha amada Desdêmona.

(as luzes se apagam)

 

Cena 2

(Mesmo cenário)

(acende-se a luz ambiente)

(Entram Desdêmona e Emília.)

DESDÊMONA — Então, querido Otelo? O jantar e os nossos convidados estão a vossa espera.

OTELO — Sou passível de censura.

DESDÊMONA — Por que falais tão fraco? Sentis-vos indisposto?

OTELO — Dói-me a testa.

DESDÊMONA — Deixai que eu vos aperte bem a cabeça e eis de sarar numa hora.

OTELO — Teu lenço é muito pequeno. (Otelo afasta de si o lenço e Desdêmona o deixa cair.) Deixai! Deixai! Vamos; irei convosco.

(Saem Otelo e Desdêmona.)

EMÍLIA — Fico contente por ter achado justamente este lenço, que é a primeira lembrança a ela ofertada pelo Mouro. Meu estranho marido umas cem vezes me pediu que o roubasse. Mandarei que me tirem uma cópia e darei este a Iago. Qual a sua intenção, não sei dizê-lo; mas seus caprichos me despertam zelo.

(Entra Iago.)

EMÍLIA — Tenho um presente a dar-vos.

IAGO — Um presente?

EMÍLIA — Que me daríeis por este lenço aqui? O lenço que o Mouro deu como primeiro mimo de seu amor, e me mandastes tantas vezes roubar.

IAGO — Dela o tiraste?

EMÍLIA — Não; por descuido ela o deixou cair. Aproveitando o ensejo, estando eu perto, levantei-o do chão. Que pretendeis fazer com ele?

IAGO — E que vos importa isso?

(Iago pega o lenço da mão de Emília.)

EMÍLIA — Se não for para alguma coisa boa, Devolverei-o. Coitada da senhora! Ficará louca ao dar por falta dele.

IAGO — Finge que nada sabes.

(Emília sai e Otelo entra)

IAGO – Olha o que achei com Cássio

(Iago mostra o lenço)

Otelo – Não, não pode ser minha linda Desdêmona está mesmo me traindo, com Cássio. Irei mata-los para recuperar minha honra.

(as luzes se apagam)

 

Cena 3

Quarto de Desdêmona

(as luzes viradas pro palco se acendem)

(Desdêmona está dormindo Otelo tranca a porta)

DESDÊMONA – Quem está ai? Otelo?

OTELO – Sim Desdêmona sou eu. Faça suas orações, se há algum crime que tu tenha peça perdão, enquanto isso eu dou uma caminhada. Eu não mataria teu espírito despreparado.

DESDÊMONA – Falas em matar?

OTELO – Sim, falo em matar

DESDÊMONA – Pois então que os Céus perdoem meus pecados.

OTELO – Amém

DESDÊMONA – Mas eu não entendo, não te desonrei.

OTELO – Não minta pra mim, você me traiu com Cássio.

(Emília bate a porta do lado de fora)

(Otelo estrangula Desdêmona)

(Uma luz foca neles e as outras se apagam)

(Desdêmona grita e morre).

(todas as luzes se apagam)

 

 

Arthur Ramalho

© Cia Teatral Sinestesia

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