História da Iluminação
Tudo começou com os gregos, no séc. V a.C, que usavam a luz do Sol como um efeito cênico. Em seguida, na idade média, os dramas litúrgicos, que eram apresentados nas catedrais, receberam uma iluminação vinda dos vitrais, já as comédias, eram apresentadas em tavernas e castelos e tinham como iluminação principal as tochas e archotes. Logo após esse período, veio a renascença, onde a principal iluminação para ambientes fechados era a vela, foi nessa época que se popularizou o uso de candelabros, que serviam para iluminar tanto o palco quanto a plateia. Muito tempo depois, veio a Era dos lampiões, que não durou muito tempo, por causa do alto consumo de óleo, e do aroma.No final do séc. XVIII surgiu a preocupação do posicionamento das luzes e também em como esconder as fontes de luz. Foi nessa época que surgiram as primeiras noções de ribalta, arandelas, contraluzes e luzes laterais, e também a ideia de refletir a luz e usar vitrais coloridos para aplicar uma cor à iluminação.em 1850, começou a ser usado gás nos teatros, isso possibilitou, acima de tudo, o uso de mesas de controle. Outras vantagens do gás são: a luz mais intensa e nítida, a maior estabilidade e as novas disposições das fostes de luz.só em meados do séc. XIX, que a luz elétrica chegou aos teatros, e com ela veio: a separação entre palco e plateia, uma integração da iluminação com a cenografia, ela também propiciou uma mudança no conceito de cenografia, figurino, alterando o aspecto visual do espetáculo.
Tipos de Refletores
Existem vários tipos de refletores, e a escolha varia de acordo com o efeito que o iluminador quer usar na peça, aqui irei falar dos quatro mais importantes: o Fresnel, o PC , o refletor PAR e o canhão seguidor.
Fresnel: seu nome vem do seu criador: Augustin Fresnel. É um equipamento cuja luz pode ser considerada "dura", porém, devido as características difusoras de sua lente, o equipamento fornece um detalhamento focal menos acentuado, diluindo a iluminação do centro à periferia. Muito útil na construção de gerais, contraluzes, banhos e walls, o Fresnel é o tipo de equipamento essencial dentro dos teatros.


PC (plano convexo): É o mais utilizado nos teatros, tem esse nome pois utiliza uma lente plano-convexa para fazer com que os raios luminosos tenham uma incidência focalizada em determinado campo e produza uma fonte luminosa bastante definida. Sua utilização é bastante variada, pois esse equipamento possui grande versatilidade.
Refletor PAR: Leva esse nome porque possui uma lâmpada com espelho parabólico (Parabolic Alumized Reflector). Essas lâmpadas são encontradas em variados ângulos de espelhamento (par38, par56, par64, par20, par36, entre outras). Seu foco é definido, ovalado e muito brilhante.
Os ângulos de abertura da luz dependem também dos tipos de bulbos e formato das lentes frontais. É muito utilizado em teatros e shows. São usados em estúdios apenas quando uma estética particular os exige.

Canhão seguidor: seus feixes luminosos passam por um diafragma para controle da intensidade luminosa e foco e também por um sistema de lentes que converge ainda mais os feixes luminosos proporcionando um feixe de luz extremamente concentrado, direcional e de longo alcance. O efeito de sua luz provoca um impacto forte gerando a sensação dinâmica de alta dramaticidade. Sua indicação é para utilização em shows onde, como o nome diz, permite seguir o movimento do personagem em destaque.

Mapa da iluminação 1º ATO
Cenas do tribunal: iluminação fraca no centro do palco, sem foco.
Entrada do padre: luz de corredor onde o padre começa em seguida ele sobe para o palco e fica no centro da cena
Diálogos de Branca com o público: foco do lado direito do palco.
Cena do rio (flashback): contra luz azul e uma luz de tom sépia bem fraca no lado esquerdo da cena.
Cenas na casa de branca (flashback): luz de compensação, uma luz de tom de sépia, e luzes de ataque, tudo no lado esquerdo da cena.
Cenas da igreja: luz de compensação e uma luz de tom de sépia bem fraca







Diálogo da luz com o cenário e o figurino
O iluminador tem que estar sempre presente, tanto na criação dos figurinos quanto na criação do cenário, pois uma luz colorida, se usada de forma errada pode acabar mudando o tom de uma peça de roupa ou de uma parte do cenário, para um tom que não se encaixa nas 5 cores da companhia. Por exemplo: uma peça de cor vermelha é atingida por uma luz azul, isso faz com que o observador veja como se fosse uma peça roxa, que acaba fugindo das nossas cores. No entanto, essa característica pode acabar ajudando caso não aja uma peça de roupa ou um objeto da cor necessária, já que um objeto branco, ao ser atingido por uma luz vermelha, acaba passando a impressão de ser vermelho.
Criação da luz a partir da linha estética
Nossa iluminação é realista, ocorrendo poucas variações ao longo da peça, ela foi criada de modo que fizesse o espectador perceber quando é presente, e quando é um flashback.